Sobre a Natureza
Esta zona húmida costeira apresenta um inegável interesse ecológico e paisagístico, pelas funções e valores naturais próprios deste tipo de ecossistema. E um importante contributo para a educação e sensibilização ambiental, ao proporcionar a quem a visita um contacto próximo com a flora e a fauna autóctones.
Neste local de eleição para a observação de aves aquáticas e migratórias, o melhor junto à costa entre a foz do Mondego e o estuário do Tejo, vai encontrar grandes concentrações de patos, limícolas e gaivotas no inverno ou surpreender-se com a descida a pique em direção à água da águia-pesqueira. Levará consigo a imagem das garças-reais pousadas no cais palafítico e o deslumbramento no olhar do voo de pequenos bandos de flamingos.
Os trilhos ao seu redor vão levá-lo a conhecer um mosaico de habitats naturais e agrícolas, bem como relevantes formações geológicas, como o Penedo Furado e a rocha do Gronho. Vai poder percorrer o extenso cordão dunar junto ao mar ou caminhar sob a frescura dos ameais e de imponentes pinheiros mansos na margem da laguna. Pedalar pela Várzea da Rainha ou ladeando os extensos caniçais do Braço da Barrosa, ao som dos rouxinóis-dos-caniços.
Aventurar-se nos trilhos ondulantes do matagal da encosta do Arelho ou conhecer os pequenos e frágeis redutos de flora dos ambientes palustres do Vau, onde ainda persistem comunidades únicas e sensíveis, de plantas, insetos e anfíbios.
Num olhar mais atento, aqui poderá encontrar espécies tão enigmáticas como a diminuta planta insetívora Pinguicula lusitanica ou o gigantesco margaração-das-valas, ou descobrir os deslumbrantes padrões da salamandra-do-fogo ou da borboleta da Esfinge-do-epilóbio.